terça-feira, 27 de setembro de 2011

Partes íntimas (pq mostrar o q não é necessário é minha especialidade)



Por mais que eu me esforce no olhar, nem sempre me percebo ai dentro... esse rosto, esse meu rosto, não sou [sempre] eu... faço o que posso para melhorá-lo, cuido desta casca com todo o amor e ternura que deveria dedicar a um outro... não consigo, não sei, ainda não aprendi... às vezes nos prendemos dento do próprio ego com uma força tão grande, um flerte fatal em si... enquanto muitos procuram no outro, eu encontrei em mim a fidelidade, a cumplicidade, a tolerância, a certeza plena de sentimentos eternos (e quem é que não nutre essas ilusões?); e eu... eu não me deixo, não me exijo, não me desapego, não me esqueço... poder olhar pro próprio corpo e ver toda sua existência aqui, concentrada em um pergaminho móvel de si, dá uma sensação de poder incrível (tão forte e tão frágil quanto qualquer “te amo pra sempre”)... Pouco orgulhoso de si, vejo que minhas flores são de plástico (aquelas que não morrem jamais e que são horríveis)... um ser de plástico com coração de borracha... talvez, minha única virtude é ter a ciência da minha auto-dependência... se você sabe, calma, eu também sei! Sei que não preciso me deixar para encontrar, mas sei ainda, que não acharei nada enquanto continuar não procurando... admirar a si mesmo é sempre bom... mas cegar-se em si, mesmo que de forma branca, é descer ao fundo do lago de Narciso, e lá... de olhos bem abertos... pelo tempo de uma vida... se afogar (de uma forma poeticamente tola).

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Não, não existe amor em sp.



Há uma semana minha casa foi invadida (a que sempre morei, não a que pretendo morar em breve), 6 de setembro, 5 meliantes, 4 partes, 3 motos, 2 avós e 1 mãe.
Todos vivos, todos modificados.
Sábado-voodoo, 3 horas da manhã, 2 tiros, 1 vítima fatal.
De pouca coisa eu entendo... mas agora sei, mais claramente, mais perto, que existe um mundo paralelo bem des-amado e muito armado que, vez ou outra, faz questão de mostrar sua [irracional] existência.
Em breve, a casa onde vivi boa parte do meu tempo, das minhas duvidas, dos meus amores, dos meus filmes, não será mais minha, mas eu continuarei sendo todas as coisas aqui vividas, e não importa o que aconteça, as pedras são eternas (e as perdas tb)!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

.o sim | o não.

A velocidade do mundo é mesmo algo incontrolável... mas todo o resto eu tento! Conto meus defeitos, minhas prepotências declaradas, meu ego infantil, minha caricaturice barata, meu brilho de aluguel... Escondo minha alegria e minha alergia, corro enfim, pra dentro de quem tenta me abrigar, tento contar até 2, ainda consigo lembrar do que ficou, vejo dois, sou dois, dois caminhos dentre todos os outros à margem, dois pontos de apoio, dois afagos... em mim há, além de duas mãos, “o sentimento do mundo”... tento agradecer, tento, atento, não perder... Entro pelo tempo que passa... por ponteiros imprecisos, e digo: obrigado por agora; não [+] avisto ontens nem amanhãs, mas obrigado por agora... e nada mais!