segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

[um rei febril na ilha dos monstros]/[quase tudo de novo]

Quanto mais eu ando mais próximo do início estou... tem tanto amor no mundo, na vizinhança, na mão, na mãe, na casa, nas músicas, nos amigos, no outro... porq tão poucos amores são capazes de me levar? Talvez porq eu já tenha recebido muitas heranças*, ou porq eu me contente com pouco, ou ainda [ou pior]... porq eu não saiba receber e aceitar o amor, o próximo, o outro... talvez tudo isso seja verdadeiro... mas só de madrugada! A solidão que faz Max ir até a ilha dos monstros ainda há de chegar... aguardo ansiosamente, e enquanto ela não chega eu Camelo por ai, com “meu sapato novo”... minhas experiências novas e meus sentimentos antigos! E assim, eu retorno, quase ao início e, novamente, penso “De onde vem a calma daquele cara?”... e começo a achar que vem de um rede no pé de amora, onde minha mãe curava minha febre... “E no final assim calado, Eu sei que vou ser coroado, Rei de mim [um rei febril na ilha dos monstros]”.
*“A minha herança pra você, É o amor capaz de fazê-lo tranqüilo”


2 comentários:

Felipe disse...

"E na verdade tempo haverá
Para que ao longo das ruas flua a parda fumaça,
Roçando suas espáduas na vidraça;
Tempo haverá, tempo haverá
Para moldar um rosto com que enfrentar
Os rostos que encontrares;
Tempo para matar e criar,
E tempo para todos os trabalhos e os dias em que mãos
Sobre teu prato erguem, mas depois deixam cair uma questão;
Tempo para ti e tempo para mim,
E tempo ainda para uma centena de indecisões,
E uma centena de visões e revisões,
Antes do chá com torradas."

- T. S. Eliot.

Os dois posts me lembraram esse trecho do poema.

Anônimo disse...

Felipe me asfixiou.
...